O termo "Big Brother", ou "O Grande Irmão", é bem conhecido no mundo. Ele simboliza o poder do governo e o colapso das liberdades e dos direitos civis, personificando a vigilância do governo sobre o povo.
No livro 1984, de George Orwell, lançado em 1949, o Big Brother é a figura principal do Partido; talvez seja uma pessoa real, talvez seja apenas um símbolo. Ele aparece como ditador da Oceania em cartazes gigantes e pôsteres para fazer propaganda do governo.
O governo da Oceania controla e oprime o povo, espiona a todos, desumaniza as pessoas e penaliza aqueles que invocam a liberdade de expressão. Sendo um clássico da literatura distópica, 1985 mostra um futuro posterior a uma guerra global em que três superestados dividem as terras do mundo e controlam tudo dentro de suas províncias. O indivíduo tem que fazer o que o governo quer, e o governo controla a tudo e a todos. O proletariado constitui 85% da população, do mesmo jeito que no mundo real e essa vasta maioria não tem poder nem riqueza e serve aos caprichos dos ricos. As crianças são usadas como espiões, até mesmo contra os próprios pais. As crianças são peões do império do mal, que os força a fazer o que o governo quer e a destruir qualquer tentativa de pensamento livre ou discurso que os pais possam ter. O partido de 1984 basicamente mantém as pessoas na pobreza e desesperadas por necessidades básicas como comida e abrigo. Pobreza, fome e miséria são as ferramentas que o governo usa para controlar as pessoas.
Winston Smith, o personagem narrador de 1984, tem a "sorte" de pertencer a certa classe média do Partido, o que permite que tenha certos "luxos" como pão preto e gim. Ele mora em um apartamento pequeno e é forçado a assistir ao Grande Irmão na televisão. Se for pego "pensando" em atos rebeldes, poderá ser executado.
Ele acaba se rebelando contra o Partido, é preso e sujeitado a espancamentos, choques e tortura psicológica. O Partido também prende e tortura sua amante ilegal, Julia. Em 1984, o governo controla os relacionamentos amorosos e aquele entre Julia e Winston não era permitido. Julia e Winston se traem. Ela diz que, com tudo o que o governo faz, no fim "você só pode se preocupar consigo mesmo". Infeliz mente Winston concorda, e os dois chegam à conclusão de que, após uma traição em que você está disposto a sacrificar alguém para salvar a própria pele não é possível sentir a mesma coisa por outra pessoa.
No entanto, talvez a maior diferença seja que em 1984 a policia garante que as pessoas nem pensem em coisas subversivas. O governo controla os pensamentos.
Geralmente as pessoas pensam que é e são controlados pela mídia de massa, por veículos de fofocas e conglomerados de notícias. Em muitos casos, sabemos mais sobre as roupas de uma celebridade famosa pela mídia do que sobre o que se passa realmente a sua volta ou até mesmo da própria família.
Raramente lemos ou vemos notícias duras sobre o mundo do mesmo jeito que tínhamos acesso a esse tipo de informações. Hoje temos que cavar a fundo para descobrir a verdade sobre vítimas de guerra, o número de feridos lutando e morrendo. Ou até coisas mais banais. E assim por diante. Em vez de jornalismos concreto, estamos sujeitos a centenas de canais de televisão e milhares de sites na internet que alimentam nossa curiosidade sobre moda, fofoca e estilos.
Em 1984, o governo controla a visão que o povo tem da realidade a fim de dominar o povo. Ninguém em 1984 sabe realmente o que está acontecendo ao redor do mundo. O uso da grande Mentira é galopante nesse livro, de modo que as palavras da mídia podem possuir significados conflitantes.
Se o governo esconde a verdade por tempo suficiente e se as fontes de notícias a ocultam por muito tempo, então o que nos resta? Será que alguém vai saber por que a civilização entrou em colapso?
No livro 1984, o povo não se lembra da história, da própria história. Inclusive, o trabalho de Winston Smith é rever o passado, como relatado por agências de notícias.
Em nosso mundo real, uma vez que a mídia se torna mais flexível e menos apta a nos prover com fatos reais, o que acontecerá com nossa civilização?
Termino este texto com a seguinte frase:
"As regras primárias de Hitler eram: nunca deixe a população sossegar. Nunca admita uma falha ou erro. Nunca admita que pode haver algo de bom em seu inimigo. Nunca deixe espaço para alternativas. Nunca aceite a culpa. Concentre-se em um inimigo de cada vez e o culpe por tudo o que houver de errado. As pessoas acreditarão mais rapidamente em uma grande mentira do que em uma pequena. E se você repeti-la com muita frequência, mais cedo ou mais tarde as pessoas acreditarão nela."
-Hitler Como Seus parceiros O Conhecem. Documento escrito por Walter C. Langer, do Escritório de Assuntos Estratégicos dos Estados Unidos.
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