Devil’s Playground é uma minissérie que aborda as tentativas da igreja australiana de proteger padres sob suspeita de abuso infantil. É uma sequência ao filme autobiográfico de Fred Schepisi, lançado em 1976. Situada 35 anos após os fatos ocorridos na produção cinematográfica, a série mostrará o que aconteceu com o protagonista. O ano é 1988 e Tom, formado em psiquiatria, atua como conselheiro de padres católicos que passam por um período difícil de sua história. Nesta época, a igreja católica da Austrália enfrentou diversas denúncias de abusos sexuais, gerando movimentos de liberais x conservadores dentro da própria instituição.
A produção levou dois anos para conseguir despertar o interesse de um canal brasileiro. Será que o sucesso do filme Spotlight: Segredos Revelados, que trata do mesmo tema, influenciou nesta decisão?
Devil’s Playground é uma minissérie em seis episódios que dá sequência ao filme autobiográfico de Fred Schepisi lançado nos cinemas em 1976 com o mesmo título.
No filme, Tom Allan (Simon Burke) é um seminarista de treze anos. Em 1953, na companhia de seus colegas, ele vive diversas situações que o levam a descobrir o sexo. Algo reprimido severamente pelos padres. Enfrentando as tentações e o questionamento da fé, alunos e padres tentam se submeter às regras e restrições impostas pela igreja.
A minissérie é situada na década de 1980, cerca de 35 anos após os fatos ocorridos na produção cinematográfica. Ao contrário do filme, a versão para a TV traz uma história que lida claramente com a questão da pedofilia na igreja.
Tom (novamente interpretado por Burke) é um psiquiatra viúvo pai de dois filhos. Católico praticante, ele tenta educar os filhos dentro da fé cristã. Um dia ele recebe o convite do Bispo John McNally (John Noble, de Fringe) para atuar como conselheiro dos padres.
A razão pela qual o Bispo faz este convite é para poder colocar entre seus pacientes um padre que vem tendo dificuldades de controlar seus impulsos sexuais. Seduzindo pré-adolescentes, ele se tornou um estorvo para a alta cúpula da instituição que luta para abafar o caso, o qual é desconhecido da maioria dos padres que atuam na igreja.
Ao tomar conhecimento das atividades de um dos membros da instituição que representa, o ambicioso Bispo Vincent Quaid (Dan Hany, de Serangoon Road, East West 101) se vê em uma encruzilhada: denunciar o caso ou defender a igreja? Enquanto isso, Tom tenta manter sua fé em uma instituição que faz de tudo para esconder ‘seus pecados’.
Neste meio tempo, um rapaz aparece morto. Suicídio? Acidente? Assassinato? Um colega de escola sabe a razão pela qual o rapaz morreu, mas tem medo de fazer acusações.
Esta não é uma minissérie policial, que necessita prender um culpado, ou jurídica, que precisa julgar alguém; nem tampouco uma produção sensacionalista, que tenta conduzir a opinião do público. Devil’s Playground tem como objetivo retratar a tomada de consciência de uma sociedade.
Quem tiver a oportunidade de conferir esta produção, não perca. Vale a pena! A história tem como foco os fatos e as ideologias de cada grupo retratado, não se estendendo a ponto de introduzir o ponto de vista do governo ou das leis. Ela se restringe a um questionamento moral entre interesses da igreja e os direitos do cidadão.
Escrita por Blake Ayshford, Alice Addison, Tommy Murphy e Cate Shortland, a minissérie é dirigida por Rachel Ward (atriz de Pássaros Feridos) e Tony Krawitz.
No elenco também estão Jack Thompson, Toni Collette (United States of Tara), Andrew McFarlane, Leon Ford, Max Cullen, Anna Lise Phillips, Jason Klarwein, Matt Levett, Ben Hall, James Fraser e Nicole Shostak, entre outros.
A produção é da Matchbox, empresa que tem contrato de parceria com a NBC Universal, dos EUA.
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