Super-herói dos anos 40, que teve certa popularidade durante a Era de Ouro dos “comic books” (os tradicionais gibis americanos). Starman apareceu pela primeira vez na revista “Adventure Comics” n° 61 (com data de abril 1941). Na trama, o astrônomo playboy Ted Knight descobriu uma maneira de canalizar a energia das estrelas para si. Assumindo o nome de Starman, iniciou uma cruzada contra o crime, valendo-se de seus incríveis poderes (como voar, disparar raios, levitar objetos).
A editora DC apostava que Starman seria seu novo “Superman”. Contratou até um desenhista, Jack Burnley, vindo do famoso King Features (onde fazia cartuns esportivos). Mas, apesar das espectativas, o novo personagem não se tornou popular como os pesos-pesados “Superman” e “Batman” e, após um ano, Starman foi rebaixado para as HQs complementares de “Adventure”. Isso é fácil de entender. Starman, apesar de bem desenhado, era uma repetição dos famosos Homem de Aço e o Cruzado de Capa. Inclusive, na primeira história, Ted Knight era um playboy que vivia em Gotham City e atendia o chamado de um policial local que lembrava o Comissário Gordon (só a partir de 1994, ficou estabelecido oficialmente que Starman é da fictícia Opal City). E, mesmo não usando máscara, ninguém notava que Knight e Starman eram a mesmíssima pessoa, nem sua namorada (uma variação de Lois Lane).
Starman recebeu muitos nomes no Brasil. Na revista “O Lobinho” era chamado de “Astro”. No “Guri”, de “Estrela”. Na Ebal, “Homem das Estrelas”.
Embora tenha aparecido pela primeira vez no início de 1941, a origem de Starman só foi revelada aos leitores mais tarde. Ele foi convencido por sua prima, Sandra Knight, a primeira Lady Fantasma, a usar sua invenção para combater o crime na cidade. Juntou-se, por fim, à Sociedade da Justiça da América, onde teve um breve relacionamento romântico com Dinah Drake, a primeira Canário Negro, e ficou muito amigo de Charles McNider, o primeiro Dr. Meia-Noite. Após o fim da Segunda Guerra, ele teve um colapso nervoso quando sua namorada, Dóris Lee, foi assassinada e sua invenção usada como base para a criação da Bomba Atômica. Foi então internado no hospício. Nesse período, McNider assumiu brevemente a identidade do Starman.
Knight acabou se recuperando e foi um dos mentores da Liga da Justiça da América. Ele também se casou com uma mulher chamada Adele Drew e teve dois filhos, Jack e David. Porém, durante a série “Zero Hora”, um supervilão chamado Extemporâneo retirou do corpo de Knight a energia sombria que havia sido absorvida por ele durante um confronto com outro inimigo, Ian Karkull, e, como resultado, Starman envelheceu muitos anos em poucos segundos.
Incapaz de continuar agindo como um super-herói, Knight voltou-se para o estudo do bastão estelar e permitiu que David assumisse a identidade de Starman. Porém, o rapaz foi morto em sua primeira missão pelo supervilão Névoa e Jack veio a tornar-se o novo Starman, salvando seu pai do velhaco. Nesse perído, os dois, que nunca se deram muito bem, ficaram mais próximos.
Knight foi finalmente atacado por um de seus antigos inimigos, o Dr. Fósforo, cuja radiação levou Knight a contrair um câncer que rapidamente atingiu estado terminal. Sabendo que ele logo iria morrer, Knight se sacrificou para impedir que uma bomba criada pelo Névoa original destruísse Opal, transportando-a para a estratosfera, onde ela explodiu, matando tanto ele quanto seu inimigo.
Ele apareceu uma última vez como um fantasma, dando a Jack sua bênção para que ele abandonasse a identidade de Starman e fosse viver uma vida comum ao lado da namorada, Sadie, em São Francisco.
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